sábado, 14 de fevereiro de 2015

Maria: A Dependente do Amor

Olá, o meu nome é Maria e sou dependente do amor. 
Venho falar do amor e porque de amar e não sobreviver sem amar.
O amor doí, já dizia Camões (apesar de ele falar que o amor é coisa que arde, mas se arde provoca queimaduras e se provoca queimaduras dói!) 
Mas se dói como é que eu fiquei dependente dele? Ora, pela mesma razão que a Anastacia ficou dependente do tautau que o Grey lhe dá! (não se façam de desentendidos que sei que todos vocês estão em pulgas para se desiludirem com a não-pornografia do filme)
Mas eu não sou sadomasoquista! Esperem, talvez seja... Mas só porque o amor dói e essas coisas todas e não porque gosto de levar com chicotes como faziam aos escravos ou porque goste de levar palmadas como quando a minha mãe me apanhava a riscar a parede com o batom dela... 
Eu gosto do amor porque o amor me aquece a alma! O amor leva-me a fazer loucuras, coisas que nunca pensei fazer... 
Por exemplo, quando amei o João Pedro no 1º ano preparei o plano perfeito para fugirmos juntos. Quando fugi de casa e fui ter com ele ao parque vi-o aos beijos com a Mafalda. Coitada, nunca mais recuperou a fala!
Foi difícil deixar de amar o João Pedro, mas quando cheguei ao 4º ano apareceu o Miguel. O Miguel era o rapaz perfeito, motoqueiro e com um gosto musical muito bom (quase melhor que Ana Malhoa). Pelo Miguel roubei dinheiro ao meu primo e pedi a um amigo dele para me tatuar o nome dele rodeado de um coração. Neste momento, tenho, na minha nádega esquerda, o nome Miguel tatuado com a cara do Super Mário ao lado (nunca confiem num adolescente punk de 14 anos!). Mas não foi prova de amor suficiente e mesmo assim o Miguel preferiu o Marcelo.
Pior foi quando o meu pai descobriu (nunca vão para uma praia nudista com os vossos pais depois de fazerem uma tatuagem às escondidas!) e me pôs num colégio feminino em que todos os empregados são mulheres.
Mas quando saí do colégio com 18 anos vinha sedenta de amor. Queria amar tudo! Tudo mesmo! Amei tratores, amei piriquitos e até amei uns objectos esquisitos que vibram... Sabem do que falo?? Sim, aquelas coisas que servem para massajar as costas e têm forma de abelhas e joaninhas e etc.
Neste momento amo o Jacob. Estou a pensar o que fazer para lhe provar o meu amor. Aqueles olhos negros deixam-me maluca! E sim, já o apanhei algumas vezes a olhar para mim da janela da sala da casa dele. Estou a pensar rapar o nome dele no meu cabelo. Ou então incendiar os carros todos da nossa rua...
Nunca pensei conseguir amar tanto aquele rapaz. Oh, nos meus sonhos ele pica todo o meu corpo com o seu bico. É o papagaio mais bonito que conheci!
Assim me despeço! 
Amem! 
Sejam felizes com o amor,
Maria

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